Este não é um videojogo qualquer. Afinal, Heavenly Sword, resultou de um orçamento fabuloso, ao nível das produções dos grandes “blockbusters” de Hollywood, e em que o realismo é realmente impressionante. O jogador poderá, a determinada altura, sentir-se no meio de um filme e não tanto de um jogo, sendo que a ajudar a este clima está o facto das vozes das personagens serem dobradas por nomes bem conhecidos da televisão e do cinema portugueses, como Margarida Vila Nova na pele da heroína Nariko, uma guerreira tão elegante e sensual quanto determinada e lutadora, empenhada em vingar o seu povo, quase destruído pelo tirano rei Bohan, na versão portuguesa com a voz de Ricardo Carriço. Na trama surgem outras personagens igualmente importantes, com as vozes de Inês Castel-Branco, Fernanda Serrano, Nuno Melo, Luís Esparteiro e José Wallenstein, que participaram na dobragem de um videojogo que, na origem, implicou técnicas de captura de movimentos, do corpo e rosto, que permitem uma qualidade de imagem realmente impressionante e movimentos tão perfeitos que dão a sensação de serem reais. Este é um jogo recomendado para maiores de 16 anos. Poderemos dizer que dobrar filmes de animação em que as personagens não têm aspirações a parecerem-se com humanos, e por isso os movimentos vocais são aleatórios, não será táo fácil como dobrar um vídeojogo em que personagens como Nariko ou o rei Bohan, cuja crueldade aparece idêntica à de qualquer ditador real, e que a sua figura inteiramente humana obriga a formas de dobragem muito exigentes. Ete é um grande passo para a expansão do mundo das dobragens no nosso país. Parabéns a quem contribuiu para este projecto e para aqueles que ai virão, que tenho a certeza que serão muito bons |